Nos últimos anos houve significativo aumento da complexidade na avaliação radiológica do paciente no ambiente de emergência. Este cenário decorre tanto do aumento da efetividade dos serviços de atendimento primário, quanto da adequada triagem dos pacientes, com centralização dos casos mais complexos para serviços de referência.

Consequentemente, em um passado recente, aqueles pacientes que evoluíam a óbito na cena do trauma, hoje estão sendo atendidos nos serviços de emergência. Estes pacientes apresentam-se em geral em estado grave, com inúmeras possibilidades de lesões associadas nas mais diversas partes do corpo.

Há também uma grande porcentagem dos pacientes que portam patologias clínicas ou oncológicas, como abdome agudo, doenças torácicas, vasculares e neurológicas, que também acabam sendo triados e direcionados para serviços de referência.

Neste cenário desafiador, nota-se maior disponibilidade de aparelhos de tomografia de multidetectores e ultrassonografia. Entretanto cabe ao emergencista, em conjunto ao médico radiologista utilizarem destes recursos de modo a maximizar os benefícios, conhecendo as suas indicações, achados e consequências na abordagem a estes pacientes.